A diabetes é uma enfermidade crônica caracterizada como uma epidemia mundial devido à maior taxa de urbanização, ao aumento da expectativa de vida, ao processo acelerado de industrialização, ao sedentarismo, obesidade e dietas hipercalóricas ricas em açúcares, no dia a dia da população (Sociedade Brasileira de Diabetes, 2007).
Essa enfermidade exige do paciente uma educação permanente para a obtenção de seu controle e para a prevenção de suas várias complicações tanto agudas quanto crônicas (Associação Americana de Diabetes, 2008).
O entendimento dos pacientes portadores de diabetes de que sua enfermidade se trata de uma doença crônica e para toda a sua vida, é de suma importância para redução na velocidade do surgimento da várias complicações secundárias do diabetes.
O diabetes apresenta alta taxa de complicações relacionadas à sua cronicidade. Isto afeta em muito a qualidade de vida dos pacientes, sendo uma das principais causas de mortalidade, de insuficiência renal, de amputação de membros inferiores, de cegueira e doença cardiovascular (AAD, 2008).
Neste sentido, é de grande importância a educação sobre o diabetes e sobre como melhorar a qualidade de vida de pessoas diabéticas.
Dentre as manifestações clínicas iniciais do diabetes, além da hiperglicemia, temos como sinais clássicos:
A pessoa com diabetes está sujeita a desenvolver complicações agudas:
Ou Complicações Agudas Crônicas:
Que se não tratadas podem acabar causando uma deficiência circulatória no coração e no cérebro, manifestada por acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio ou em membros inferiores como a doença vascular periférica.
O tratamento da pessoa com diabetes tem por objetivo a obtenção de um bom controle metabólico, mediante dieta balanceada, atividade física regular, uso de antidiabéticos orais e, se necessário, o uso de insulina exógena. O tratamento visa a prevenir as complicações agudas e crônicas decorrentes da hiperglicemia persistente.
Diabéticos devem monitorar seus próprios níveis de glicose, com frequência, diversas vezes por dia, para alterar sua medicação de acordo com as instruções do médico.
Nessa vertente de monitoramento vários estudos têm ressaltado a importância do diabético ser acompanhado por equipes multiprofissionais de saúde orientando todas as variáveis para um bom controle glicêmico.
Consiste em um distúrbio metabólico caracterizado pela ausência de produção e secreção de insulina devido à destruição auto-imune das células de Langerhans no pâncreas.
Resulta de vários níveis de resistência e deficiência insulínica, sendo a maioria em pessoas obesas. Os outros tipos específicos de diabetes, tais como: defeitos genéticos, doença do pâncreas exócrino, endocrinopatias e infecção podem ser induzidos por drogas ou substâncias químicas.
É definido como qualquer grau de intolerância à glicose, com seu início durante a gestação (AAD, 2008).
Muitas vezes chamado de Diabetes 1 e ½ (um e meio), pois acaba sendo um surgimento tardio do diabetes tipo 1. Diagnosticado, normalmente, em pessoas acima de 35 anos de idade.
Acontece quando a produção ou a ação da insulina ficam prejudicadas pela mutação de um ou em uma série de genes. Pode ser transmitido de pais para filhos.
O diagnóstico de diabetes se baseia na detecção da hiperglicemia.
Para monitorar o tratamento e a adesão do paciente, vários exames laboratoriais são utilizados na pratica clínica, dentre eles: a hemoglobina glicada, um exame usado para triagem e diagnóstico e pedido diversas vezes por ano para monitorar pacientes com diabetes dos tipos 1 e 2.
É uma medida da quantidade média de glicose presente no sangue nos últimos 2 a 3 meses, e ajuda a determinar a eficácia do tratamento.
Microalbumina, com frequência pedida como relação microalbumina/creatinina, é um teste que mede quantidades muito pequenas de proteínas na urina (microalbuminúria). A microalbuminúria é um sinal de doença renal.
Diversos estudos comprovam que a atenção nutricional é importante na prevenção da Diabetes e no retardo das complicações associadas à doença, integrando o Conjunto de Medidas de Autocuidado e Educação em Saúde (AAD, 2007).
A alimentação está relacionada diretamente com alguns fatores que interferem na prevenção e no controle do DM e seus agravos. São eles: excesso de peso, dislipidemia, mau controle glicêmico e padrão alimentar com consumo excessivo de gordura saturada e pouca ingestão de frutas e vegetais (BRASIL, 2001; WHO, 2003). Assim, as modificações na alimentação são reconhecidas como um recurso tanto para o controle glicêmico como para o controle pressórico, para a manutenção ou perda de peso, resultando na redução dos riscos associados às doenças cardiovasculares.
Quanto à adesão, a dieta é de grande importância já que a educação nutricional é um dos pontos fundamentais no tratamento do DM tipo 2; sem uma alimentação saudável não é possível obter um controle metabólico adequado da doença.
A prática regular de exercícios físicos estimula a captação de glicose pelos tecidos periféricos e diminui as ações do sistema nervoso simpático. Assim, representa ao lado da dieta a primeira forma de abordagem no tratamento do paciente hipertenso e/ou diabético tipo 2. Observa-se que os níveis de insulina caem e o risco de hipoglicemia induzida pelos exercícios, nos portadores de DM tipo 2, é pequeno, mesmo durante os exercícios prolongados.
A prática regular de exercício físico resulta em benefícios significativos para os portadores de DM, contribuindo para a redução da glicemia após a realização do exercício, redução da glicemia de jejum, da hemoglobina glicada, bem como melhora da função vascular.
A RD pode se apresentar de dois tipos:
RD não proliferativa, forma da doença detectada quando os vasos do fundo do olho estão danificados, causando hemorragia e vazamento de plasma para dentro da retina, condição esta conhecida como edema macular diabético;
RD proliferativa, diagnosticada quando os vasos da retina ou do nervo óptico não conseguem trazer nutrientes para o fundo do olho e por consequência desenvolve-se uma condição de isquemia com formação de vasos anormais que causam sangramentos repetitivos e descolamento da retina.
(SCHELLINE; SILVA; SILVA, 1994; BRASIL. Ministério da Saúde, 1996;SBD, 2007; ADA, 2008)
A detecção precoce das alterações retinianas e o acesso rápido ao tratamento reduzem o risco de perda visual e da cegueira. O rastreamento das complicações deve ser realizado com o objetivo de identificar precocemente o risco para a RD e instituir medidas para postergar o seu desenvolvimento e, consequentemente, a perda da visão. Assim, o encaminhamento precoce para o exame oftalmológico do indivíduo com diabetes é de grande importância para a prevenção da cegueira pelo diabetes (SBD, 2007).
A implementação de ações articuladas e condizentes com as necessidades de saúde do paciente diabético implicando em uma diminuição da hospitalização e no número de complicações pertinentes à doença, tipo a RD é de considerável importância social.
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